Observador do Planeta

segunda-feira, 20 de junho de 2022

Verdades cabulosas

segunda-feira, 20 de junho de 2022


Observo que dois assuntos predominaram nos últimos dias, no noticiário nacional, revelando esquemas, levantando suspeitas e tornando mais claros alguns fatos do cenário político.

Um conjunto de senões de ordem pessoal e até cibernética nos impediu de desenvolver as análises a respeito, ao longo desta semana. Mas nós, comentaristas do canal InstantNews.1, vamos reorganizando as ideias e retomando o ritmo, para que todos fiquemos em dia com os acontecimentos.

O desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, na Floresta Amazônica, há quinze dias, é um desses assuntos.

O outro envolve novidades relacionadas ao pré-candidato Lula, suas ligações perigosas com um contador de uma facção criminosa de São Paulo e o seu - mais um - sincericídio, desta vez quanto a desmembramentos do sequestro do empresário Abílio Diniz.

O que falta descobrir sobre as circunstâncias dessas mortes violentas, na região amazônica? Será que o fomento nos recursos de vigilância daquele quinhão brasileiro estão tirando o sono de quem vive se beneficiando com a narrativa batida do desmatamento desenfreado?

O que falta descobrir sobre as ligações perigosas do descondenado com pessoas e organizações sempre associadas a ilegalidades e corrupção? Seria só um estigma criado por adversários políticos, ou tudo faz sentido, no conjunto da obra socialista?

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O caso de Bruno Pereira, ex-servidor da Funai, e Dom Phillips, repórter do jornal britânico The Guardian, ganhou repercussão imediata, no Brasil e no exterior. Eles desapareceram na região da Terra Indígena do Vale do Javari, localizada nos municípios de Atalaia do Norte e Guajará, no oeste do Amazonas, no dia 5 de junho. A ida de ambos àquela área não estava claramente autorizada, havendo dúvida quanto à autenticidade e a validade de um documento que os habilitaria a entrar e estar naquela terra indígena - que é protegida pela União e teve os critérios de admissão de acesso a não-indígenas tornados mais restritos, após a peste chinesa.

Enquanto a Polícia Federal detinha dois suspeitos do duplo assassinato, o ex-superintendente da PF, Alexandre Saraiva, apressava-se em conceder entrevista à GloboNews, na qual acusou a existência de uma 'bancada do crime da Amazônia', em referência à pretensa conivência, inclusive de parlamentares, com grupos de exploração predatória de recursos da floresta. Entre os acusados, o ex-ministro Ricardo Salles e a deputada Federal Carla Zambelli.

Surgiam, por acaso, nesse mesmo momento, declarações 'oficiais' dando conta de que não haveria mandante nem envolvimento do narcotráfico, em relação ao crime. Porém, o Correio Braziliense noticiou que membros da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari, Unijava, mencionaram a existência de um narcotraficante colombiano chamado 'Peruano' que estaria por trás dos homicídios. Segundo a Unijava, Bruno e Dom iriam visitar a equipe de vigilância indígena que atua perto do Lago do Jaburu e o jornalista faria entrevistas com os habitantes locais.

Dois corpos foram encontrados na região, um eles já identificado como sendo do repórter britânico. Foram presos Amarildo da Costa de Oliveira, o 'Pelado', seu irmão Oseney da Costa de Oliveira, o 'Dos Santos', e Jeferson da Silva Lima, o 'Pelado da Dinha'. A Polícia Federal deteve também mais duas pessoas, de identidades não reveladas, arroladas no crime. As investigações seguem sob sigilo.

Apesar de todo o requinte de crueldade envolvido, com morte, esquartejamento, incineração e enterro dos restos mortais, parece haver interesse em emplacar a narrativa do lobo solitário mais uma vez, como se tenta, até hoje, em relação à facada de Adélio Bispo em Jair Bolsonaro, há quatro anos.

Parece uivo demais, para alcateia de menos.

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Emendando na campanha eleitoral à presidência da República, quem andou dominando as manchetes foi o pré-candidato do PT. Senão ele, diretamente, um contador que priva das intimidades fiscal e financeira de Lula, responsável por suas declarações de imposto de renda.

Joao Muniz Leite é um sortudo: não bastasse conhecer os segredos com os quais nem a Receita Federal deve sonhar, a respeito do 'líder das pesquisas', ganhou, só no ano passado, 55 vezes em loterias federais - uma incrível média de mais de uma oportunidade por semana! (E olha que eu achava sortudos os empregados do Cervantes, tradicional bar carioca, que ganharam, grupos diferentes, dois bolões acumulados da Mega Sena.)

Muniz, que teve os bens indisponibilizados pela Justiça a pedido do Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos de São Paulo, o Denarc, teria lavado mais de R$ 16 milhões junto a um traficante do Primeiro Comando da Capital, de apelido Cara Preta, morto em dezembro do ano passado.

O dinheiro, esquentado pela premiação da Caixa Econômica Federal, foi usado para a compra de uma empresa de ônibus, que opera sob contrato para a Prefeitura de São Paulo.

Já a empresa de Muniz, esta tem endereço cadastrado na Rua Cunha Gago, em Pinheiros, mesmo domicílio comercial em que Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente, mantém três empresas: FFK Participações, BR4 Participações e G4 Entretenimento, conforme dados da Junta Comercial de São Paulo.

Coincidências cabulosas...

Fechando a semana, o defensor dos ladrões de celulares revelou que intercedeu junto ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e seu então ministro da Justiça, Renan Calheiros, em 1998, pela libertação dos sequestradores do empresário Abílio Diniz. Os dez criminosos, a quem Lula trata pelos termos 'jovens' e 'meninos', pertenciam ao MIR (Movimiento de Izquierda Revolucionária), um grupo terrorista de extrema esquerda. O crime aconteceu em 1989.

Lula disse ter argumentado com FHC que, ao soltar os presos, ele teria 'a chance de passar para a História como um democrata'. Caso contrário, havia a possibilidade de que ele fosse lembrado 'como um presidente que permitiu que dez jovens que cometeram um erro morressem na cadeia'.

'Jovens', 'meninos', 'erro'. São os termos usados. Acredite.

Entre os criminosos, havia argentinos, chilenos, canadenses e um brasileiro. Os canadenses foram extraditados em 1998. No começo de 1999, os estrangeiros ainda presos foram extraditados e o brasileiro foi indultado.

Este é o mesmo candidato que mostrou-se indignado com o perdão concedido, na forma de graça presidencial, ao deputado federal Daniel Silveira, pelo crime... Qual mesmo? Ah, de 'opinião'.

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Você está de olhos abertos para o que está acontecendo à sua volta? Tem acompanhado as mídias não convencionais, ou ainda se prende ao noticiário pasteurizado (coitado do Louis Pasteur...) que tentam lhe enfiar goela abaixo?

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Comentário simultaneamente publicado no Observador do Planeta e exibido em vídeo no YouTube, no canal InstantNews.1. 

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