Observador do Planeta

segunda-feira, 2 de maio de 2022

Primeiro de Maio

segunda-feira, 2 de maio de 2022


Observo que o brasileiro está mais participante da vida política, reconhecendo que as decisões daqueles que são eleitos por ele têm influência sobre a sua vida. E eu não estou me referindo aqui ao típico militante de esquerda, gado conduzido por pão, mortadela, bilhete de transporte e cachê, para fazer claque a manipuladores já desacreditados, politicamente sepultados, cujo espírito (de porco) ainda vaga, sem rumo, atrás de bajulação.

Eu falo do brasileiro que se orgulha do seu país, tem discernimento para perceber que aspectos importantes mudaram, de quatro anos para cá, e quer ver a sua realidade cada vez melhor. Um bom sujeito que, justo por isso, não hesita quando lhe perguntam que tipo de voto vai praticar daqui a exatos cinco meses, no dia 2 de outubro.

Seu conservadorismo, palavra que ganhou um sentido quase depreciativo no jargão esquerdista, reside apenas no fato de que ele defende valores tradicionais da nossa sociedade. Não que haja uma espécie de receita de bolo que liste esses ingredientes, mas, para começar, podemos citar dois: ordem e progresso, que, juntos, remetem ao patriotismo e formam o lema da bandeira nacional. Depois, tão importantes quanto mas sem hierarquia de relevância, podemos genericamente lembrar família, trabalho, liberdade política e econômica, moral, direito à vida desde o ventrerespeito às leis e um sem-número de outros preceitos, pelos quais nos balizamos para uma boa convivência com aqueles com quem nos relacionamos, direta ou indiretamente.

Será que é tão difícil nos predispormos a seguir um mínimo de boas e fundamentais regras de convívio?

...

Conforme definiu, em 1959, o político britânico Quintin Hogg, que foi presidente do Partido Conservador do Reino Unido (de centro-direita, fundado há quase 200 anos, em 1834), 'o conservadorismo não é tanto uma filosofia, mas uma atitude, uma força constante, que desempenha função atemporal no desenvolvimento de uma sociedade livre e correspondente a uma exigência profunda e permanente da própria natureza humana'.

Ou seja: nessa definição, o nosso discurso, da sociedade livre, é essencialmente conservador e não progressista, como as narrativas vêm tentando impor ao raciocínio oficial vigente.

Assim, de quatro anos ou um pouco mais do que isso para cá, os conservadores perceberam a identidade positiva entre aquilo que pensam e esperam do futuro e o tal adjetivo que lhes queriam fazer crer pejorativo. E abraçaram a causa! Essa galera tem ido para a rua com cada vez mais vontade e frequência, lutar para que a sua voz seja ouvida.

Neste Primeiro de Maio, lá fui eu bater ponto na Avenida Atlântica, em meio a um mar de gente, junto ao mar azul de um domingo de sol. O mesmíssimo clima amistoso e de paz que eu venho observando há anos, em dezenas de manifestações convocadas por nós mesmos, pelas redes sociais, nessa batalha por um Brasil mais digno para seus filhos - que somos todos nós, independentemente de preferências político-ideológicas. Afinal, quando vamos às passeatas, brigamos pelo mesmo país justo para todos os brasileiros, inclusive pelos que parecem não nos querer bem. Sem problema: nós queremos bem a eles; e isso basta.

Vivemos um ano eleitoral, em que se misturam a disputa do poder (que os adversários do atual governo querem apenas pelo poder em si, não pela causa nobre do desenvolvimento do Brasil); uma incandescente fogueira de vaidades, espalhando brasa em gente que não tem brio nem brilho; e o mais abjeto ativismo judicial jamais visto na história política do país, praticado pelos membros da corte suprema, em absoluto desprezo pela Constituição que eles mesmos deveriam defender!

Anônimos e ilustres estavam irmanados na defesa de um Brasil que pode ser conquistado. Continuamos seguindo no rumo certo, especialmente aquele que reclama do jogo fora das quatro linhas, mas que não usurpa seus limites; ao contrário, o cara se sujeita até ao reclamo da gente, que às vezes preferiria que ele metesse o pé na porta e acabasse com a devassidão reinante na base da bordoada.

O lado bom da aparente calma que ele demonstra, e deve mesmo demonstrar, são o desmonte das narrativas e a revelação dos santos de pau oco, que ainda se acham capazes de iludir o cidadão brasileiro em sua boa-fé. A realidade do Brasil, crescendo apesar da pandemia fabricada, da guerra na Ucrânia, da inflação exacerbada por essas duas circunstâncias e, o pior de tudo, da oposição criminosa e sistemática de Legislativo e Judiciário, separadamente ou em conluio, está à vista de todos.

Ah, e o desgaste irreversível das candidaturas que se apresentam como 'alternativas' ao atual modelo, mostrando sua fragilidade absurda e sua imensa pequenez, só faz mostrar que existe apenas um caminho seguro a seguir. Sem contramão, sem atalho, na velocidade certa e com atenção redobrada nos obstáculos que surgem assim, de repente, na estrada.

Você já percebeu como se joga esse jogo? Em que torcida você faz coro?

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Comentário simultaneamente publicado no Observador do Planeta e exibido em vídeo no YouTube, no canal InstantNews.1.

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