Observador do Planeta

domingo, 27 de março de 2022

O mundo em nossas mãos

segunda-feira, 28 de março de 2022


Você já observou que há pessoas que criticam o fato de que fazemos uso 'excessivo' do celular, hoje em dia? Será que somos 'escravos' do smartphone, de verdade?

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Eu tive a honra de fazer parte de uma equipe de profissionais que tornaram possível a democratização do celular, no Brasil. Colocamos no ar uma das primeiras empresas privadas de telefonia móvel do país, em 1998, pouco tempo depois da desregulamentação do setor e da abertura propiciada pela privatização.

Essa palavrinha é comumente demonizada pelos defensores do estado grande, protetor, paternalista, que acha que a função do governo é nos prover tudo e, por tabela, nos controlar a vida.

Pois esse estado grande era o que mantinha o telefone celular como um privilégio caro, de poucos, por sua incapacidade de investir e por não permitir que investissem por ele. Se não vencêssemos esse desafio, apesar de todos os senões do processo, estaríamos nos comunicando, do Rio de Janeiro para Niterói, com sinais de fumaça, enviados em meio às ondas... Da Baía de Guanabara!

Pois a novidade do celular disse logo a que veio. E fez sucesso!

Para começar, tinha a facilidade da agenda, que guardava na memória e nos mostrava o nome da pessoa que estava nos ligando, o que nos fez perder o hábito de decorar os telefones das pessoas do nosso relacionamento, um aparente detalhe que trabalhou contra. Mas aí veio a primeira real novidade, logo depois: o SMS. Propagandas nos jornais, no rádio e na tevê estardalhavam que passava a ser possível enviar e receber mensagens pela telinha (era pequena mesmo) dos então moderníssimos - e pesadíssimos - modelos que havia. Outras evoluções surgiram e novas funções foram incorporadas ao celular - que os patrícios chamam de telemóvel, na terrinha.

Hoje, é possível dizer que ele é um monte de coisas, até um telefone! Sua função principal não deixou de ter importância, mas perdeu o destaque original.

Dentro do espírito do telefone, surgiu, em 2009, o WhatsApp, uma revolução no uso do próprio telefone como tal. Já são 13 anos de comunicação fluida, rápida e eficiente entre as pessoas. Isso só para lembrar esse aplicativo (aplicação, em Portugal), que se tornou tão comum entre nós.

Então, vamos ver um pouco das funcionalidades que ele nos trouxe, em especial graças aos apps que se pode habilitar neles.

O celular é um banco, para receber, pagar, investir e fazer outras inúmeras funções, que antes exigiam a nossa presença numa agência bancária, na rua. É uma tribuna para falarmos às pessoas, em qualquer parte do mundo. É um rádio, e até uma televisão, em casa ou espelhados no multimídia do carro, que nos dão acesso a uma infinidade de emissoras, de todos os estilos e lugares imagináveis. É um aparelho de som, com um repertório variadíssimo, feito ao nosso jeito e capaz até de descobrir qual é a música, se a gente não souber. Shazam!

É uma câmera de alta resolução, que fotografa, filma, edita as fotos e os filmes, monta álbuns com as nossas imagens e transmitem tudo isso. É um endoscópio, que nos permite investigar por dentro de um cano, por trás de uma parede, ou ainda ajudar em diagnósticos médicos. É um mapa que nos mostra onde estamos, para onde estamos indo e como está o engarrafamento. Chama táxi (e Uber, um serviço que surgiu graças ao celular), nos informa onde e como estão os transportespede comidanavega na internet, faz pesquisas e mostra por onde andam voando os aviões do mundo,

É lanterna, é calculadora, é copiadora de papel, é dicionário que dá o significado, traz o sinônimo e traduz para outras línguas, é arquivo para transportar nossas informações e vigia a nossa casa a distância.

Nossos documentos estão dentro dele, que ainda tem jogos a rodo para se jogar. Faz reuniões de família e de trabalho, prevê sol e chuva, mede a temperatura local, lê códigos de barras...

Ufa! E é até uma folha em branco digital, a partir da qual eu posso escrever esse comentário!

Será que não é por toda essa versatilidade que nos tornamos tão apegados a ele? E por que haveria algum mal nisso, afinal?

Os mais aficionados, às vezes, precisam ser chacoalhados para interromper seus profundos devaneios celulares e 'voltar ao mundo', para se comunicar com quem está ao lado mas não faz parte da conversa. Exageros não são saudáveis, é preciso concordar com isso.

Mas, de um modo geral, temos muito a ganhar com a facilidade que se pôs à nossa disposição, por meio desses aparelhinhos. Sabendo usá-los, são ferramentas maravilhosas, para uma qualidade de vida cada vez maior.

Porque, cada vez mais, se pode fazer mais, pelo deslizar suave dos dedos no touchscreen dos nossos smartphones.

Você já tinha observado o quanto o celular se tornou presente na vida de todos?

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Comentário simultaneamente publicado no Observador do Planeta e exibido em vídeo no YouTube, no canal InstantNews.1.

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