Observador do Planeta

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Quem tem medo da verdade?

segunda-feira, 22 de agosto de 2022


Em 2004, o jornalista americano Larry Rohter, do New York Times, radicado no Brasil, na época, havia mais de 30 anos, publicou uma reportagem que quase custou a sua expulsão do país, a mando de Lula. A matéria tratava da conhecida predileção do ex-presidente por bebidas fortes, vício que estava afetando seu desempenho no gabinete do Palácio do Planalto.

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Bebo porque é líquido: se fosse sólido, eu comia, diz uma galhofa comum de se ouvir.

Naquela ocasião, o ministro interino da Justiça, Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto, chegou a considerar inconveniente a presença do jornalista no território nacional e determinou o cancelamento de seu visto temporário, 'nos termos da Lei'. O que não ocorreu.

O conteúdo do texto censurado é irrelevante, independentemente de ser verdadeiro ou falso. Mas a reportagem também causou certa repulsa pela 'ousadia', da pretensa 'ofensa' de um estrangeiro falando mal de um presidente brasileiro no Brasil. Contudo, o que sobressai, nesse episódio, é o aspecto do respeito à liberdade de expressão, que, por sua vez, se reflete na liberdade de imprensa. Dois pilares fundamentais da democracia, para cuja defesa está prevista em Lei a reparação por eventuais excessos cometidos, se for o caso.

'É livre a manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato', diz o inciso IV do artigo 5° da Constituição Federal.

Lula já se revelava um detrator das liberdades, com essa reprovável tentativa de demonstração de força. E o desejo de pôr em prática esse controle nocivo sobre a difusão de informação continua à flor da pele, pelo que o candidato tem manifestado em seus discursos de postulante ao retorno ao Planalto.

Mas a preocupação do petista talvez tivesse outras razões, naquela época, que não somente a revelação do pendor incontido pelos alcoólicos. Larry Rohter estava investigando algo que Lula, o PT, o Supremo Tribunal Federal e meio mundo não quer que seja investigado: o rumoroso assassinato do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel.

Numa reportagem sob o título 'Acusações de corrupção vêm à tona com morte de prefeito brasileiro', Rohter afirmou que 'quando Celso Daniel foi sequestrado e morto a tiros, líderes do Partido dos Trabalhadores se apressaram em culpar esquadrões da morte ligados à direita'. A Polícia acabou fechando o caso alegando que o prefeito teria sido vítima de um 'crime comum'. Uma vez reaberto o processo, dois anos após o homicídio, firmava-se, entretanto, a tese de que ele havia sido morto numa contenda por causa de uma 'caixinha para fins eleitorais', de muitos milhões de dólares, que, segundo seus familiares, destinava-se a beneficiar o fundo de reserva para a campanha do PT.

Até hoje, este é um crime mal resolvido. Ou não resolvido. E Celso Daniel permanece como a assombração mais aterrorizante a puxar os pés dos petistas, durante as madrugadas.

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A lembrança de Larry Rohter, neste momento, advém justo da crítica que precisamos fazer à censura que Lula e seus asseclas preconizam. O controle da mídia virou questão de honra para esses 'democratas'. E tem quem defenda essa aberração, achando que está protegendo reputações e, em última análise, a 'verdade'!

O interessante é que as mídias já vêm exercendo, sem qualquer cerimônia e com toda a desfaçatez, uma forte censura à direita, ignorando o fato de que, com uma eventual eleição da esquerda, o 'Efeito Orloff' se consumará e eles, os socialistas de i-Phone, serão os próximos censurados! Eu (censurado) sou você (censor), amanhã. É assim que funciona, se eles não sabem.

Devemos deixar bem claro que a censura que a grande mídia - e a sua cúmplice, a toga - vêm fazendo não é à mentira: é à verdade. Que vem lutando, a duras penas, por vir à tona. E, quando ela finalmente se impuser, muito pouco sobrará dos seus prostituidores, travestidos de seus donos.

De uma forma ou de outra, a verdade sempre prevalece. Está sendo assim, pouco a pouco, com a revelação das atrocidades cometidas durante a fraudemia. E não será diferente, em relação às falácias que a esquerda, tão afeita a elas, vem se divertindo em jogar ao vento.

O Brasil, com seus bons brasileiros, é muito superior àqueles que têm feito um enorme esforço para destruí-lo. Nós temos um futuro. Eles, não.

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A propósito: durante esta semana, o Jornal Nacional fará entrevistas com os quatro candidatos mais bem cotados nas 'pesquisas', que surgem todos os dias, por todos os cantos, patrocinadas por todo tipo de interessado. A última do DataFolha, por exemplo, foi contratada...  Pela própria Globo!

Há muito que esse noticiário perdeu em credibilidade, já tendo caído em desgraça na confiança do telespectador. Mas - e hoje em dia sempre tem um 'mas' nessa moda do jornalismo adversativo - pode valer a sua audiência.

Nesta segunda-feira, dia 22, o entrevistado é Jair Bolsonaro, do PL. Na terça 23, Ciro Gomes, do PDT. Na quinta 25, Lula, do PT. E na sexta 26, Simone Tebet, do MDB.

Uma boa chance de avaliar plataformas de governo e contrapor discurso e prática, não negligenciando a avaliação do passado de cada um. Essa última avaliação, então, pode até decidir o seu voto, se você pensar privilegiando a razão em relação a simpatias ideológicas.

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Comentário simultaneamente publicado no Observador do Planeta e exibido em vídeo no YouTube, no canal InstantNews.1.

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