Observador do Planeta

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

A Educação ladeira abaixo

segunda-feira, 19 de setembro de 2022


Jovens sem rumo, sem paradeiro, sem limites. Quem já teve a experiência da juventude, com seus hormônios em ebulição e humores descontrolados, sabe como é essa fase complicada. Um mundo de transformações se apresenta e se faz sentir, intensamente. Regras complicadas, difíceis responsabilidades.

Aos mais maduros, especialmente os pais e os professores, cabe dar aquela moral à galera, para uma travessia menos traumática e mais 'educativa' dessa época. Ensinamentos, talvez mais do que com exemplos do que com conselhos, estes normalmente rejeitados, ajudam a construir a personalidade e solidificar valores, aspectos de suma importância para formar adultos bem resolvidos.

É aí que os limites entram na história: o que pode, o que não pode, o que se deve, o que não se deve. O que se admite e o que não se tolera. Sem esses conceitos, a vida em sociedade seria impossível. Tem coisa que não pode, não se deve e não se pode tolerar. Como o que aconteceu, na semana passada, no centenário Colégio Pedro II, na unidade do bairro carioca de Realengo.

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O noticiário dá conta de que quinze alunos tomaram parte num episódio de sexo grupal, no último dia 15. Oito ativamente, 'em pares', e sete como voyeurs, observando os colegas e, claro, vigiando a presença da vigilância. Menores de 12 a 17 anos e uma menina de 19 - já maior - envolvidos. Uma sala num local ermo da unidade, bem no horário da mudança de turno dos inspetores. E trocas de mensagem por WhatsApp, fazendo a propaganda da violação das regras: das de conduta moral, em termos gerais, e as disciplinares, da escola.

A jovem de 19 anos, pela maioridade penal, corre o risco de ter imputado a si o crime de estupro de vulnerável. A escola revelou o caso apenas quatro dias depois, alegando a preservação dos alunos, que foram suspensos por cinco dias, sem detrimento de uma investigação policial, dada início pelas autoridades.

O caso ganhou repercussão pelo fato de se tratar de uma das instituições de ensino de maior prestígio do Rio de Janeiro e do Brasil. Fundado há 184 anos, em 1837, o Pedro II é mantido pelo Governo Federal e tem historicamente a reputação de ser um colégio de excelência, cujo ensino vem favorecendo a aplicação de seus alunos para as melhores universidades. A disciplina da escola também tem um bom histórico, pelo menos até a lacração que começou nos estertores dos governos petistas.

O Pedro II, atualmente, possui catorze unidades e cerca de 13 mil alunos. Possui, também, uma penca de problemas com regras de conduta e convivência, por influência canhota, que vêm afetando o sucesso do colégio naquilo a que ele se propõe: formar cidadãos.

Desde quase uma década atrás, a escola vem sofrendo a influência de um forte ativismo esquerdista, especialmente no quesito ideologia de gênero. Em setembro de 2016, uma portaria listou o uniforme do colégio, sem distinguir as peças como sendo específicas de uso masculino ou feminino. Antes, as meninas deveriam usar saia e camisa branca com viés azul e os meninos, calça de brim e camisa totalmente branca. Na prática, liberou-se o uso de saias pelos garotos, que era o que se pretendia de fato.

Naquela época, a demência fingida quanto às especificidades do vestuário dos alunos, da parte do reitor Oscar Halac, foi explicada pela intenção de não se fazer distinção de gênero nem constranger alunos trans, cumprindo, deste modo, uma resolução do Conselho Nacional de Combate à Discriminação LGBT (um órgão ligado ao Ministério da Justiça). As opções de uniforme ficaram em aberto, propositalmente, embora o reitor tenha reconhecido que essa decisão pudesse 'causar certo furor', pela própria tradição do Pedro II. Palavras dele, na ocasião, fechando seus próprios argumentos: 'tradição não é sinônimo de anacronia, mas pode e deve significar nossa capacidade de evoluir e de inovar'.

Fato é que a gente sabe exatamente o que se pretende com a usurpação de costumes e normas sociais, em especial no âmbito do ensino público. Certo tipo de manifestação não se vê em escolas ou universidades privadas, mas a dispersão de responsabilidade dentro do serviço público favorece que haja certa frouxidão nas instituições letivas do governo.

No Brasil, com o avanço do sucesso da campanha de Bolsonaro à reeleição e a percepção fortemente disseminada, no mundo, de sua importância para o reequilíbrio das forças políticas do planeta, a partir da vitória sobre a ascensão do comunismo, os ataques gramscistas vêm se intensificando nos três principais flancos históricos, na pretensão de destruir as bases da sociedade tais como as conhecemos.

Nas artes, as hostilidades dos órfãos da Lei Rouanet culminaram, esses dias, com o lançamento de um hino contra aquele que eles resolveram chamar de 'o inominável'. Sendo inteligente, você sabe quem ele é e, principalmente, que ele não é o que essa turma apregoa ser.

Na imprensa, ah, a extrema imprensa, o noticiário tenta, tenta, tenta muito, mas não consegue emplacar crimes contra ele, o que faz com que se inventem ou se distorçam fatos, para desenvolver narrativas, que acabam abandonadas (por sua incapacidade de gerar interesse) e esquecidas nas gavetas das redações.

E, na Educação, sobra para toda uma geração perdida, condenada a não desenvolver discernimento suficiente para compreender o mundo tal como ele realmente é. Forjam-se zumbis reféns de discursos erráticos ou vazios, criados com o intuito da manipulação perene de mentes frágeis, cooptadas para a aceitação cega de todo tipo de mentira contra exatamente quem trabalha para libertá-las dos grilhões da ignorância fabricada.

O projeto das escolas cívico-militares, não por acaso, é um caminho de luz. Ideia do Presidente, pautada no mesmo nível de excelência das escolas militares e de colégios como o Pedro II, vem como uma escolha crucial a se pôr diante da realidade de milhões de crianças e adolescentes, para que se tornem boas pessoas, com formação intelectual e moral digna.

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Talvez o episódio da orgia escolar não seja o único desses nossos tempos atuais. Talvez nem seja o delito mais grave que temos observado nas nossas casas letivas, embora possa caracterizar crime pelas circunstâncias. Mas, certamente, acende mais um alerta vermelho quanto à necessidade de corrigir os rumos e dar estradas retas, para que a nossa garotada siga, em segurança, para o futuro.

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Comentário simultaneamente publicado no Observador do Planeta e exibido em vídeo no YouTube, no canal InstantNews.1.

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